sábado, 20 de março de 2010

Acre

O Acre está situado no sudoeste da região Norte e tem como limites os estados do Amazonas a norte, Rondônia a leste, a Bolívia a sudeste e o Peru ao sul e oeste. Ocupa uma área de 152.581,4 km². Sua capital é a cidade de Rio Branco.
Esse estado é o extremo oeste da Região Norte do Brasil. Com uma hora a menos em relação ao fuso horário de Brasília (DF), nela se localiza o último povoamento do Brasil a ver o sol nascer, na serra da Moa, na fronteira com o Peru. A intensa atividade extrativista, que atingiu o auge no século XX, atrai brasileiros de várias regiões para o estado. Da mistura de tradições sulistas, paulistas, nordestinas e indígenas surgiu uma culinária diversificada, que junta a carne-de-sol com o pirarucu, peixe típico da região, pratos regados com tucupi, molho feito de mandioca.
O transporte fluvial, concentrado nos rios Juruá e Moa, a oeste do estado, e Tarauacá e Envira, a noroeste, é o principal meio de circulação, sobretudo entre novembro e junho, quando as chuvas deixam intransitável a BR-364, que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul.
O nome, que passou do rio ao território, em 1904, e ao estado, em 1962, origina-se, talvez, do tupi a'kir ü "rio verde" ou da forma a'kir, de ker, "dormir, sossegar", mas é quase certo que seja uma deformação de Aquiri, modo pelo qual os exploradores da região grafaram Umákürü, Uakiry, vocábulo do dialeto Ipurinã. Há também a hipótese de Aquiri derivar de Yasi'ri, Ysi'ri, "água corrente, veloz".
O Acre possui alguns apelidos: Extremo do Brasil, Estado das Seringueiras, Estado do Látex e Extremo Oeste.
Os habitantes naturais do Acre são denominados acrianos, no singular o gentílico é acriano.
O clima é quente e muito úmido, do tipo Am de Köppen, e as temperaturas médias mensais variam entre 24°C e 27°C. As chuvas atingem o total anual de 2.100mm, com uma nítida estação seca nos meses de junho, julho e agosto. A Floresta Amazônica recobre todo o território estadual. Muito rica em seringueiras da espécie mais valiosa (Hevea brasiliensis), a floresta garante ao Acre o lugar de primeiro produtor nacional de borracha. Os principais rios do Acre, navegáveis apenas nas cheias (Juruá, Tarauacá, Envira, Purus, Iaco e Acre), atravessam o estado com cursos quase paralelos e só vão confluir fora de seu território.
Principais centros urbanos
* Rio Branco, capital e principal cidade do Acre, é um porto do rio Acre, afluente do Purus. Seu nome é uma homenagem ao barão do Rio Branco, que resolveu a questão com a Bolívia e obteve o Acre para o Brasil.
* Cruzeiro do Sul é a segunda cidade acriana e é um porto do rio Juruá.
Outros municípios mais populosos são: Feijó, Sena Madureira, Tarauacá, Senador Guiomard e Brasileia.
A cultura do Acre é muito parecida com a dos outros Estados da região Norte. A comida típica utiliza o pato e o pirarucu, que herdou dos índios, e o bobó de camarão, vatapá e carne de sol com macaxeira, trazido do Nordeste brasileiro logo quando iniciou a extração do látex, já que muitos nordestinos migraram para o Acre tentando uma melhor qualidade de vida.
No artesanato os artigos confeccionados com materiais extraídos da floresta amazônica. Do seringal surgiu a figura do seringueiro, que colaborou em momentos importantes da história brasileira para o desenvolvimento do país, trabalhando duro na extração do látex na floresta amazônica. Da floresta também surgiu um homem chamado Chico Mendes, que hoje é considerado referência internacional na luta em defesa da Amazônia; Chico Mendes foi assassinado em 22 de dezembro de 1988 e ganhou um prêmio único da ONU, o Prêmio Global 500 Anos.
Em Rio Branco encontra-se uma comunidade religiosa chamada Alto Santo (Centro de Iluminação Cristã Universal) que pratica o Ritual do Santo Daime, típico do Acre, de origem indígena, que usa o Daime, um chá natural feito com folhas e cipó, usado pelos índios como forma de aproximação a Deus. Todos tomam o chá, inclusive as crianças e os idosos. Os integrantes usam fardas de marinheiro e cantam o hinário, intercalando com Ave-Marias e Pai-Nossos.

terça-feira, 9 de março de 2010

Amazonas

O Amazonas é um dos poucos estados brasileiros que não possuem litoral, mas possui a maior bacia hidrográfica e o maior rio do mundo, a Bacia Amazônica e o rio Amazonas.
Sua capital é a cidade de Manaus é a maior e mais populosa cidade da Amazônia.
A área média dos 62 municípios do estado do Amazonas é de 25.335 km², superior à área do estado de Sergipe. O maior deles é Barcelos, com 122.476 km² e o menor é Iranduba, com 2.215 km² e não estão às margens de rios como alguns afirmam, mas, isto sim, são cortados por grandes rios amazônicos, em cujas margens estão as localidades, as propriedades rurais e as habitações dos ribeirinhos.
O nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer "ruído de águas, água que retumba". Com mais de três milhões de habitantes, é o segundo estado mais populoso do Norte.
O estado do Amazonas caracteriza-se por ser o maior do Brasil, com uma superfície atual de 1.570.745 km². Grande parte dele é ocupado por reserva florística e a outra é representada pela água. O acesso à região é feito principalmente por via fluvial ou aérea. O clima é equatorial úmido, com temperatura média/dia/anual de 26,7 °C, com variações médias entre 23,3 °C e 31,4 °C. A umidade relativa do ar fica em torno de 80% e o Estado possui apenas duas estações bem definidas: chuvosa (inverno) e seca ou menos chuvosa (verão). É cortado pela linha do equador ao norte e seu fuso horário é de -4 horas em relação a hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da região Norte, fazendo fronteiras com os estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre ao sul, Pará ao leste e Roraima ao norte, além das repúblicas do Peru, Colômbia e Venezuela ao sudoeste, oeste e norte, respectivamente.
As estações do ano apresentam-se bastante diferenciadas e a amplitude térmica anual é relativamente alta, variando de 28 °C no litoral do Pará até 40 °C no oeste amazonense. As chuvas, em quase toda a região, distribuem-se com relativa regularidade pelo ano inteiro mas podem-se encontrar também características de tropicalidade no Sul do estado.
Os ventos também afetam as temperaturas. No verão, sopram os ventos alísios vindos do Sudeste, que por serem quentes e úmidos, provocam altas temperaturas, seguidas de fortes chuvas; no inverno, as frentes frias são geralmente seguidas de massas de ar vindas da Linha do Equador e trazem um vento quente.
A confluência entre o rio Negro, de água preta, e o rio Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como Encontro das Águas, que é uma das principais atrações turísticas da cidade de Manaus e Parintins.
Há dezenas de agências de turismo que oferecem passeios regionais, em roteiros que costumam incluir uma volta pelos igarapés da região. Se o passeio for feito em um barco pequeno, o visitante pode pôr a mão na água, durante as travessias, e sentir que, além de cores, os rios têm temperaturas diferentes.
Em Manaus, em frente ao Encontro das Águas, está em construção uma estrutura turística projetada por Oscar Niemeyer, que contém mirantes destinados à contemplação desse magnífico fenômeno natural.
O Amazonas possui uma grande Reserva Biológica inundada, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá.
A vasta fauna possui felinos, como as onças, grandes roedores, como as capivaras, aves, quelônios, répteis e primatas. O maior desses animais é a anta e todos constituem fonte de alimento para as populações rurais. Alguns encontram-se ameaçados de extinção e são protegidos por órgãos especiais dos governos.
Das milhares de espécies de peixes da Amazônia, com algumas ainda desconhecidas ou sob estudo, as mais exploradas são: tambaqui, jaraqui, curimatã, pacu, tucunaré, pescada, dourado, surubim, sardinha e pirarucu (bacalhau da Amazônia).

Parques nacionais
Parque Nacional da Amazônia -Localiza-se dentro dos estados do Amazonas e Pará.
Parque nacional do Jaú - Localiza-se em Novo Airão.
Parque Nacional do Pico da Neblina -Localiza-se em São Gabriel da Cachoeira e abriga o ponto mais alto do Brasil, o Pico da Neblina, com 3.014 m.




Parques estaduais
Parque Estadual Serra do Aracá - Fica em Barcelos.
Parque Estadual Nhamundá -
Parque Estadual Rio Negro Setor Norte - O parque engloba 5 % da área do município de Novo Airão.
Parque Estadual Rio Negro Setor Sul - Fica dentro dos municípios de Manaus e Novo Airão.
Parque Estadual Samaúma - É o menor parque estadual no estado, localiza-se em Manaus, no bairro Cidade Nova.
Parque Estadual Sucunduri - em Apuí.
Parque Estadual Cuieiras -
Parque Estadual Guariba - em Manicoré.

A forte imigração no final do século XIX e início do século XX, trouxe ao estado pessoas de todas as partes do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, alguns milhares se fixou no estado do Amazonas.
A população descende principalmente de imigrantes europeus (sobretudo portugueses, italianos e espanhóis). Também há comunidades de povos do Oriente Médio (árabes e judeus) e Ásia Oriental (japoneses), além de uma pequena comunidade de afrodescendente.
Muitas pessoas de outros estados brasileiros também migram para o Amazonas em busca de trabalho ou melhores condições de vida. Em sua maior parte são pessoas oriundas do Nordeste, nas cidades do interior, e migrantes vindos de São Paulo e do Sul, na região metropolitana.
A economia baseia-se na indústria, no extrativismo, inclusive de petróleo e gás natural, mineração e pesca. Com relação ao extrativismo, grande impulso na vida econômica e na colonização da região amazônica foi dado com a exploração do látex, durante o ciclo da borracha.
No Amazonas, os rios são as estradas e as enormes distâncias são medidas em horas ou em dias de viagem de barco.
Todos os municípios possuem pistas para operações de aeronaves, sendo que a maioria é servida por aeroportos, havendo em Manaus e Tabatinga os únicos aeroportos internacionais no Amazonas.
Manaus conta com o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, nos moldes dos construídos na década de 1980. É o segundo maior aeroporto da região Norte e o terceiro em movimentação de cargas do Brasil (atrás apenas de Guarulhos e Viracopos).
O Teatro Amazonas, é um perfeito exemplo da opulência existente no apogeu do ciclo da borracha. Manaus e Parintins possuem fortes traços da imigração japonesa em sua cultura. O Festival Folclórico de Parintins também é um destaque na cultura amazonense, sendo uma grandiosa referência nacional.
O artesanato do Amazonas é variado e de destaque, com muita influência da cultura indígena. Em geral usa-se elementos da floresta como contas, sementes, cipós. Atualmente o artesanato da região vem se aprimorando com vários elementos da floresta sendo incorporados a jóias, as chamadas biojóias.
A culinária tem sua base na mandioca, influência indígena que trouxe as técnicas de plantio e cultivo. A mandioca acaba transformando-se em farinha-d'água, beijus, pirões e mingaus. Outros pratos típicos amazonenses são: pato no tucupi, tacacá, peixe moqueado, pirarucu de sol, açaí, pequiá, pupunha, Calderada de Tambaqui, Matrinxã na Brasa.
O Amazonas apresenta mais de uma centena de espécies comestíveis, são as denominadas frutas regionais, e em muitas vezes apresentando um exótico sabor para as suas sobremesas. É no Amazonas que se encontra a maior diversidade de frutas do mundo. O Araçá-boi, fruta nativa do Amazonas e da Amazônia Legal, tornou-se bastante apreciada pelo mercado internacional.
Algumas das frutas nativas: Açaí, Cupuaçu, Araçá-boi, Graviola, Macaxeira, Pupunha, Taperebá, Piquiá, Tucumã, Bacaba.

Centros urbanos
Parintins, o município mais populoso do interior do Amazonas e muito conhecido internacionalmente, por sediar o Festival Folclórico de Parintins, além de ser uma cidade turística.
Itacoatiara, maior pólo industrial madeireiro do Norte, brasileiro e terceiro município mais populoso do Amazonas. Localiza-se na Região Metropolitana de Manaus.
Manacapuru, quarta cidade mais populosa do Amazonas; localiza-se na Região Metropolitana de Manaus.
Coari, maior centro petrolífero do estado, famosa por suas festas populares caboclas e por ser uma das cidades de maior economia na Amazônia.
Maués, importante centro turístico do Amazonas por suas belas praias naturais e maior exportador e produtor de guaraná do Brasil.
Autazes, maior cidade produtora de leite e queijo no estado.
Tabatinga, maior centro do Alto Solimões e fronteira com a Colômbia.
Presidente Figueiredo, segunda maior cidade turística do Amazonas, famosa por suas cachoeiras e igarapés naturais que cortam a cidade.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Roraima

Roraima está situado na Região Norte do país, sendo seu estado mais setentrional, além de ser o estado menos populoso do Brasil, tem como limites a Venezuela, Guiana, Pará e Amazonas. Ocupa uma área aproximada de 224,3 mil km². Em Boa Vista, única capital brasileira totalmente no hemisfério Norte, encontra-se a sede do governo estadual. Situado numa região periférica da Amazônia Legal, predomina em Roraima a floresta amazônica, havendo ainda uma enorme faixa de savana no Centro-Leste. Encravado no Planalto das Guianas, uma parte ao sul pertence à Planície Amazônica; estado chuvoso, é entrecortado por inúmeros rios por onde chegaram os colonizadores portugueses no século XVIII. Roraima constitui um diversificado mosaico de culturas, fauna e flora.
Seu ponto culminante, Monte Roraima, empresta-lhe o nome. Etimologicamente resultado de contração de roro (verde) e imã (serra ou monte), foi batizado por indígenas pemons da Venezuela.
A economia do estado se baseia no setor de serviços, na agricultura (arroz, feijão, milho e mandioca), na pecuária (bovino, suíno e ovino) e no extrativismo (madeira, ouro, diamantes, cassiterita).
Mais jovem, mais isolado e menos povoado estado do Brasil, Roraima ainda detém o menor Produto Interno Bruto, apesar das altas taxas de crescimento.
Mais distante estado do Brasil, se considerada a Capital Federal, Roraima tem ainda a maior floresta tropical e os maiores rios do mundo como obstáculos para sua plena integração com o restante do país.
Roraima fica em desvantagem em relação aos demais estados amazônicos quanto ao sistema hidroviário. Por ser o único destes em que todos os seus rios notórios têm sua nascente no seu próprio território - o sistema hidrográfico estadual é 100% roraimense -, fica fadado a ter poucas saídas fluviais. Na verdade Roraima dispõe de apenas uma grande saída fluvial: pelo rio Branco, chegando ao rio Negro, rumando daí à Manaus e São Gabriel da Cachoeira. O rio Branco origina-se da confluência dos rios Uraricoera - o maior do estado - e Tacutu, trinta quilômetros a norte da capital Boa Vista. Nesta altura o rio chega a cerca de 1,5 quilômetro de largura, oferecendo condições de navegação durante a época das cheias. Centenas de quilômetros abaixo, na altura da vila de Vista Alegre, após receber as águas do rio Mucajaí, inicia-se o médio rio Branco na Cachoeira do Bem-Querer: corredeiras que descem dezoito metros ao longo de vinte e quatro quilômetros. Estas quedas d'água impedem o tráfego.
Diferentemente de estados vizinhos, em Roraima o transporte fluvial não é comum para interligar cidades do próprio estado, excetuando-se poucos casos de vilas sem acesso rodoviário.
Roraima possui 15 municípios: Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá, Caracaraí, Caroebe, Iracema, Mucajaí, Normandia, Pacaraima, Rorainópolis, São Luiz do Anauá, São João da Baliza e Uiramutã.
Suas cidades mais populosas são: Boa Vista, Rorainópolis, Alto Alegre, Mucajaí e Caracaraí.
Roraima tem um grande potencial turístico, em especial no ecoturismo. Arqueólogos de todo o mundo têm forte interesse na Pedra Pintada que é o mais importante sítio de tal ciência do estado, nela há inscrições de civilizações milenares que atraem a curiosidade de turistas e arqueólogos.
A parte melhor escalável do Monte Roraima fica na Venezuela. A parte de Roraima (que possui apenas 10% do monte) só pôde ser escalada em 1991 pelo trio de alpinistas brasileiros composto por Júlio César de Mello Santos, Felipe Garcia Amoedo, André Torres Amoedo. Para realizar proeza de tal magnitude foram necessários 5 dias de escalada.
A hidrografia do estado de Roraima faz parte da bacia do rio Amazonas e baseia-se basicamente na sub-bacia do rio Branco (45.530 km²). Este rio é um dos rios afluentes do rio Negro.
A vegetação predominante no estado é a de floresta tropical (revestindo aproximadamente 72% da área total), recobrindo especialmente as porções meridionais e ocidentais.
Campos e cerrados, conhecidos regionalmente como "lavrados", correspondem aos 28% restantes, revestindo as áreas setentrionais e orientais do estado.
Unidades de conservação
Em Roraima o IBAMA administra 8 unidades de conservação: 3 parques nacionais, 3 estações ecológicas e 2 florestas nacionais, totalizando 15.539,93 km², ou 6,9975% dos 224.298,980 km² (IBGE) da área territorial do Estado.
Parque Nacional do Monte Roraima: Localizado no município de Uiramutã
Parque Nacional do Viruá: Localizado no município de Caracaraí.
Parque Nacional Serra da Mocidade: Localizado no município de Caracaraí.
Estação Ecológica de Maracá: Localizada no município de Amajari.
Estação Ecológica de Cacararaí: Localizada no município de Caracaraí.
Estação Ecológica do Niquiá: Localizada no município de Caracaraí.
Floresta Nacional de Roraima: Localizada nos municípios de Mucajaí e Alto Alegre.
Floresta Nacional do Anauá: Localizada no município de Rorainópolis.