sexta-feira, 11 de junho de 2010

Paraná

Está situado na região Sul do país. Ocupa uma área de 199.880 km². Sua capital é Curitiba e outros importantes municípios são Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Toledo, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, São José dos Pinhais, Guarapuava, Paranaguá, Apucarana, Umuarama, Campo Mourão, Arapongas, Paranavaí, além de outras cidades da Região Metropolitana de Curitiba como Araucária, que possui o segundo PIB do estado.
O estado é historicamente conhecido por sua grande quantidade de pinheirais espalhados pela porção sul planáltica, onde o clima é semelhante ao dos estados de
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A espécie predominante na ve
getação é a Araucaria angustifolia. Os ramos dessa árvore aparecem na bandeira e no brasão, símbolos adotados em 1947.
Seu relevo é dos mais expressivos: 52% do território ficam acima dos 600m e apenas 3% abaixo dos 300m. Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri são os rios mais importantes. O clima é temperado. A economia do estado se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, milho, soja, trigo, café, tomate, mandioca), na indústria (agroindústria, indústria automobilística, papel e celulose) e no extrativismo vegetal (madeira e erva-mate)
. De acordo com o PIB, o Paraná é o quinto estado mais rico do Brasil, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. O Paraná tem um setor agropecuário bastante diversificado e altamente produtivo, além de um setor industrial crescente. É o maior estado produtor nacional de milho e de soja o segundo de cana-de-açúcar.
O nome do estado é derivado do nome indígena dado ao rio em tupi: pa'ra = "mar" mais nã = "semelhante, parecido". Paraná é, portanto, "semelhante ao mar, rio grande, parecido com o mar"; naturalmente pelo seu tamanho.
A população do Paraná é composta basicamente por brancos, pardos, negros e indígenas.
O Paraná é um dos estados que tem um grande número de parques nacionais, destacando-se o Parque Nacion
al do Iguaçu e o Parque Nacional do Superagui. Foz do Iguaçu com cerca de 250 quedas-d’águas e 75 metros de altura, é conhecida internacionalmente. A Garganta do Diabo é uma das atrações do maior conjunto de cataratas do mundo. Além das visitas às atrações naturais, é um passeio bastante cotado conhecer a gigantesca hidroelétrica de Itaipú.Outro ponto de interesse turístico é o Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa, onde as rochas esculpidas pelos ventos e pelas águas parecem ruínas de uma grande cidade. Ainda em Ponta Grossa pode-se visitar o Buraco do Padre, a Capela de Santa Bárbara (construída pelos Jesuítas) e a Cachoeira da Mariquinha. Em Maringá existe a Catedral de Maringá (Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Glória), segundo monumento mais alto da América do Sul e décimo do mundo. Crescente visitação tem ocorrido na região do Canyon Guartelá, (6° maior do mundo e o maior do Brasil) em Tibagi.As praias de Caiobá, Matinhos, Guaratuba, Pon
tal do Paraná e Praia de Leste são as mais frequentadas do Paraná. São procuradas por turistas não só no verão, mas também no inverno, quando parte da população vai para o litoral fugindo do frio do planalto.
Curitiba é hoje um importante destino turístico brasileiro, especialmente procurado por turistas oriundos de estados vizinhos que chegam à cidade por via terrestre. Um importante aumento no "turismo de negócios" tem também se verificado nas últimas décadas. Seja por razões de lazer ou trabalho, o fluxo de visitantes estimado no ano de 2006 chega a ser surpreendente: mais de 1.800.000 pessoas, ou seja, maior que o número de habitantes da cidade.
Os principais pontos de visitação da cidade são seus parques, e Curitiba conta com uma bem distribuída rede deles. Destacam-se o Jardim Botânico, com sua estufa iluminada (famoso cartão postal), o Parque Tanguá e a Ópera de Arame. Além dos parques, são procurados o museu Oscar Niemeyer, com seu curioso anexo em forma de "olho", a Rua 24 Horas, a panorâmica Torre da Telepar (Torre das Mercês), a praça Santos Andrade onde ficam o Teatro Guaíra e o edifício histórico da Universidade Federal do Paraná, e, em dezembro, o Palácio Avenida, sede do grupo HSBC, onde ocorre o tradicional espetáculo do coral natalino infantil, que reúne milhares de pessoas no calçadão da rua XV de novembro.
Os visitantes podem ter acesso a todos os principais parques e pontos turísticos da cidade (exceto os centrais) através de uma linha de ônibus circular especial, a custo baixo. Para os adeptos do ciclismo, existe uma im
portante (para os padrões brasileiros) rede de ciclovias, que permite acesso a vários recantos agradáveis da cidade em meio a áreas verdes.
Curitiba tem outros pontos turísticos interessantes que merecem ser visitados: o Relógio das Flores, montado em um grande canteiro no centro histórico (o Largo da Ordem); o bairro de Santa Felicidade, onde se encontram vários restaurantes com comidas típicas de diferentes países, dos quais merece destaque o Madalosso, o maior restaurante do Brasil e das Américas; a "Boca Maldita", na avenida Luís Xavier, a "menor do mundo", pois tem apenas um quarteirão, onde políticos se reúnem no final da tarde para conversar sobre os principais assuntos do dia e trocar informações; as feiras de arte e artesanato aos sábados e domingos, além de outr
os parques e bosques.
Paranaguá, a primeira cidade fundada no Estado, em 1648, guarda em suas igrejas de estilo barroco alguma coisa da história da época.
A Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, construída pelo império há mais de cem anos, corta a serra do Mar através de túneis e viadutos, atravessando precipícios a todo instante. A beleza da paisagem, formada pela mata quase virgem e por diversas quedas-d’água, é valorizada pelos abismos. Outro trajeto turístico da Serra do Mar é a estrada da Graciosa, de história mais antiga que a própria ferrovia, um sinuoso e encantador caminho, em sua maior parte de paralelepípedos, que desce a serra em meio a exuberante vegetação e vistas panorâmicas, chegando a Morretes (por onde também passa a ferrovia), cidade histórica, onde se saboreia o barreado, prato típico do litoral paranaense, e onde se praticam múltiplas modalidades de ecoturismo. A cidade é também famosa pela qualidade e variedade do artesanato e por seus alambiques, que produzem cachaça de qualidade.

De lancha, pela baía de Paranaguá, pode-se alcançar a ilha do Mel, onde a história e a natureza se misturam.
No município da Lapa, São Benedito é festejado (dezembro) com a "congada" (dança dos negros congos, de origem africana, onde descendentes de escravos falam, recitam, cantam e dançam).
Outras danças populares são o curitibano, com os pares fazendo roda; o quebra-mana, uma mistura de valsa e sapateado; e o nhô-chico, dança ao som de violas, característica do litoral.

Durante o ano inteiro, se realizam feiras e festivais, destacando-se a Munchen Fest de Ponta Grossa, a Oktoberfest de Rolândia, Carnaval de Rua de Tibagi, o Festival Internacional de Londrina, Festival de Teatro de Curitiba (o principal do país), Festival do Folclore, a Feira do Comércio e Indústria e a Feira de Móveis do Paraná (Movelpar). Atraem ainda considerável interesse as feiras agropecuárias de grande porte, em especial Expo Londrina, a maior da América Latina.

Goiás

Situa-se a leste da Região Centro-Oeste, no Planalto Central brasileiro. O seu território é de 340.086 km², sendo delimitado pelos estados de Tocantins, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e pelo Distrito Federal. Tem por capital a cidade de Goiânia.
Com quase seis milhões de habitantes é o estado mais populoso do Centro-Oeste e o nono mais rico do país.
Há bastante variação de relevo no território goiano, onde ocorrem terrenos cristalinos sedimentares antigos, áreas de planaltos bastante trabalhadas pela erosão, bem como chapadas, apresentando características físicas de contrastes marcantes e beleza singular.
O clima é tropical semiúmido. Basicamente, há duas estações bem definidas: a chuvosa, que vai de outubro a abril, e a seca, que vai de maio a setembro.
A média térmica é de 23 °C, e tende a subir nas regiões oeste e norte, e a diminuir nas regiões sudoeste, sul e leste. As temperaturas mais altas são registradas entre setembro e outubro, e as máximas podem chegar a até 39 °C. As temperaturas mais baixas, por sua vez, são registradas entre maio e julho, quando as mínimas, dependendo da região, podem chegar a até 4 °C.
Com exceção da região do Mato Grosso Goiano, onde domina uma pequena área de floresta tropical onde existem árvores de grande porte, onde a indústria aproveita como o mogno, jequitibá e peroba, o território goiano apresenta a típica vegetação do Cerrado. Arbustos altos e árvores de galhos retorcidos e de folha e casca grossas e raízes profundas formam boa parte da vegetação. Municípios como Goiânia, Anápolis, bem como diversos outros localizados no sul do estado possuem estreitas faixas de floresta Atlântica, as quais, na maioria das vezes, cobre margens de rios e grandes serras.
Ao contrário das áreas de caatinga do Nordeste brasileiro, o subsolo do cerrado apresenta água em abundância, embora o solo seja ácido, com alto teor de alumínio, e pouco fértil. Por esse motivo, na estação seca, parte das árvores perde as folhas para que suas raízes possam buscar a água presente no subsolo.
Exemplos de árvores do cerrado são: lobeira, mangabeira, pequizeiro, e de algumas plantas medicinais, como a caroba e a quineira.
A fauna em Goiás é riquíssima, destacando-se animais de variadas espécies, como capivaras e antas, as margens de rios e riachos. Nas matas: onças, tamanduás, macacos e animais típicos do cerrado, como a ema e a seriema. Pássaros de variadas espécies enriquecem a fauna goiana, além de peixes e anfíbios nos rios e lagos espalhados em todo o estado.
Para proteger as florestas, a flora e a fauna, foram criados pelo Governo parques e reservas florestais, onde são proibidas a pesca, a derrubada das arvores e a caça.
No estado foram criados:
* Parque Nacional das Emas – em Mineiros no sul do estado.
* Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros – nos municípios de Alto Paraíso de Goiás e Cavalcante.
Goiás é banhado por três bacias hidrográficas: a Bacia do rio Paraná, a Bacia do Tocantins e a Bacia do São Francisco. Os principais rios são: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paranã e Maranhão.
A população indígena em Goiás ultrapassa 10 mil habitantes. 39.781 hectares perfazem a soma das quatro áreas indígenas atualmente existentes no estado - três da quais se encontram demarcadas pela Funai. Tais áreas localizam-se nos seguintes municípios: Aruanã, Cavalcante, Colinas do Sul, Minaçu, Nova América e Rubiataba, sendo que a maioria da população considerada parda, possui ancestrais indígenas.
A composição da economia do estado de Goiás está baseada na produção agrícola, na pecuária, no comércio e nas indústrias de mineração, alimentícia, de confecções, mobiliária, metalúrgia e madeireira. Agropecuária é a atividade mais explorada no estado.
O turismo em Goiás é muito cosmopolitano, como as belezas naturais, como águas termais, locais intocados pelo homem do cerrado, grutas, cachoeiras, e temos também o turismo histórico, como em Pirenópolis e Cidade de Goiás, com seus monumentos históricos, e temos as festas tradicionais como ocorre em Pirenópolis, que é o caso das cavalhadas de Pirenópolis e a Festa do Divino de Pirenópolis.
O principal centro turístico de Goiás é Caldas Novas, pelas suas águas termais, e Caldas é o 10° ponto mais visitado no Brasil.
A culinária goiana é muito diversificada sendo seus principais pratos o peixe na telha, o suã (carne de porco) com arroz, o arroz com pequi, e também os pratos de todos os dias dos brasileiros como o arroz e feijão; além da pamonha, que é usada como prato principal nas refeições; os frutos são a jaboticaba, a guabiroba, o jatobá, entre muitos outros do cerrado. Também se destacam as misturas, nome que se dá às verduras, como a serralha e a taioba, além da introdução da guariroba, um dos principais ingredientes do empadão, como vegetal na dieta quase diária. A quitanda, denominação que se dá aos biscoitos caseiros, também é diversificada: quebrador, mané pelado (bolo de mandioca assado na folha de bananeira), biscoito-de-queijo (que foi inventado em Goiás), mentira (biscoito de polvilho frito), a peta, o quase esquecido brevidade (polvilho batido com ovos e açúcar), o pastelinho de doce de leite e o bolinho doce de arroz (esses dois últimos são quitandas típicas da Cidade de Goiás). É riquíssima a variedade de doces: marmelada em caixeta (região de Luziânia), moça-de-engenho (melado batido e emoldurado em forma de escultura), doce-de-leite (sobretudo com pau de mamão ralado ou sidra ralada), doce-de-ovo (ambrosia feita diretamente no melaço), de frutas cristalizadas (riquíssimos em Pirenópolis), doce de sidra ralada, de cascas de frutas (laranja, limão), entre tantos outros. As rapaduras temperadas (com leite, casca de laranja, sidra ou amendoim).
Os temperos são muito diversificados sendo uma culinária rica em temperos como açafrão e gengibre.
O pequi, por exemplo, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa, ainda no início do século XVIII, começou a ser utilizado na culinária de Goiás. Na região que circunda a cidade industrial de Catalão, o pequi era empregado tão somente na fabricação do sabão de pequi, de propriedades terapêuticas. Hoje já é comercializado em compota.
O fruto pode ser degustado das mais variadas formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes, ao leite e na forma de um dos mais apreciados licores de Goiás.
Goiás tem inúmeras festas tradicionais, como os carnavais em diversas cidades do estado, o Carna - Goiânia que é conhecido como carnaval fora de época que vem pessoas do Brasil inteiro.
As principais festas religiosas são as famosas Romarias do Divino Pai Eterno, em Trindade, a festa em louvor a Nossa Senhora do Rosário, em Catalão, onde acontece a tradicional Congada de Catalão e a festa de Nossa Senhora da Abadia, no povoado de Muquém, em Niquelândia, que juntam fiéis do estado inteiro.
E também em Pirenópolis na Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, com as Cavalhadas de Pirenópolis, trazida de Portugal no século XVIII, sendo sua primeira edição em 1819. É uma festa intercultural, pois reúne traços europeus, africanos e indígenas. Reúne amantes da música e da arte do mundo inteiro, sendo essa, a mais tradicional festa do centro-oeste brasileiro.
Um dos mais importantes eventos culturais do estado é o FICA, Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, que em 2010 terá sua 12ª edição. O festival acontece anualmente, em meados de junho, na Cidade de Goiás, antiga Vila Boa (capital do estado de Goiás até a transferência para Goiânia), e patrimônio histórico da humanidade. A mostra exibe 15 horas de vídeos com o que de melhor se produz sobre meio ambiente e tem a maior premiação de festivais de cinema e vídeo da América Latina. Os eventos paralelos trazem shows, oficinas e debates com nomes nacionais e internacionais. Cerca de 70 mil pessoas passam pela cidade durante a semana do Festival.